Retratos de 2017
Autora: Vanessa Casarin Professora do Departamento de Design e Expressão Gráfica (DEGR) - Centro de Comunicação e Expressão (CCE)
Ano: 2017
Categoria: fotografia digital Classificação: livre
“STREET ART A ROMA” retratos de 2017. A arte urbana, ou arte de rua no âmbito da pintura, que muitos chamam grafitti, é uma obra aberta e, por sua natureza, efêmera, sujeita à intempéries, e à manifestações humanas de todo o tipo.
Sobre minha obra de hoje, você imprime sua marca amanhã, e o que se vê na rua são camadas das mais diversas manifestações humanas, planejadas ou espontâneas. Como é possível observar na manifestação espontânea sobre a obra “Pirâmide invertida” de Andrea Conte, de 2013 , que ilustra o primeiro retrato deste conjunto. O intuito destas manifestações também diverge, afinal, às vezes buscam meramente exprimir beleza, outras contribuem com processos de requalificação e apropriação de espaços degradados da cidade, ou muitas vezes têm caráter de protesto! É um dos sentidos da arte e da comunicação.
Esse tipo de manifestação, principalmente em caráter de protesto, sempre integrou a sociedade romana, no entanto, foi recentemente que grandes painéis artísticos começaram a integrar a paisagem romana no sentido de requalificá-la. Inicialmente esses grandes painéis surgiram chamando a atenção para determinados problemas urbanos como o da moradia, como o do artista Blu que integra as fachadas de uma edificação ocupada na via Del Porto Fluviale.
Talvez o mais emblemático pela escala, pela beleza, por atrair olhares de turistas bastante interessados na qualidade estética do mural. O fato é que rapidamente a prefeitura romana passou a apoiar e organizar as pinturas murais em Roma, integrando-as aos itinerários turísticos da cidade.
Recentemente a prefeitura romana, atenta a efemeridade deste tipo de arte, sugeriu um projeto de documentação e catalogação destas obras. Faz sentido! Muitas obras as quais fotografei em 2017, durante meu período de pós-doutorado em Roma, hoje se encontram com outra cara!
As imagens que integram esta mostra, e registram o trabalho dos mais diversos artistas, inclusive do brasileiro Herbet Baglione, foram feitas no distrito de Roma Ostiense, numa incursão que fiz pelas cercanias do Monte Testaccio, e ao percorrer a partir da Universidade Roma TRE as vias Delle Conce, Del Porto Fluviale, e Ostiense, a fim de observar projetos de requalificação urbana na área.
Este trabalho não teve a intenção de registrar as obras dos artistas em sua totalidade, mas de retratar partes de um todo, dando ênfase a detalhes, exprimindo sua beleza.
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