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Artes na Queimada: emoção criadora no contexto comunitário

Proponente: Laís Regina Schmitz Estudante de Psicologia | Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) | UFSC Florianópolis

Duração: 8'56 Ano: 2019 Classificação: livre

A Comunidade do Morro da Queimada caracteriza-se como um local habitado por pessoas em situação de vulnerabilidade social, beneficiárias dos serviços assistenciais do município, com significativa parcela da população e das famílias em situação de desemprego ou subemprego, com restrições de acesso à cultura, lazer, educação, saúde, transporte, emprego, renda, habitação e saneamento de qualidade. O projeto contempla famílias e indivíduos que correm riscos de violação dos direitos humanos ou que passam ou já passaram por situações de violação. A relevância deste projeto reside em oportunizar espaços de escuta, acolhimento e encontros artísticos à população da comunidade do Morro da Queimada.


A psicologia tem uma longa tradição de trabalhos comunitários, no curso de graduação em psicologia da UFSC, a ênfase Processos Comunitários e Ações Coletivas vem desenvolvendo projetos vinculados às políticas públicas, organizações comunitárias e ONGs nos últimos anos, gerando resultados positivos para as comunidades atendidas. A participação destas crianças, adolescentes e mulheres no grupo, mediante o vínculo e os processos grupais ali engendrados, bem como o ganho de uma maior autonomia financeira, no caso do grupo das mulheres, contribui para a efetivação de processos psicossociais que visam ganhos em qualidade de vida, saúde mental, autonomia, cidadania e emancipação.


Nestes dois anos, o projeto “Oficina de Artes na Queimada” mostrou como a arte como elemento da composição dos encontros pode ser um dispositivo muito eficaz da psicologia nos contextos comunitários, construindo novas possibilidades de estar e agir no mundo. Os processos de convivência coletiva e de aprendizagem, fomentam a criação para aquelas crianças, adolescentes e mulheres, de maneiras outras de resistir e existir em uma sociedade que insiste em colocá-los em uma posição de subalternidade. Mesmo com o campo complexo de forças atuando sobre a vida destes sujeitos, a oficina de arte possibilita a existência de um local seguro de diálogo, de encontro e de formação de vínculo, trazendo possibilidades artísticas de enfrentamento, lazer e resistência em uma comunidade colocada à margem pela sociedade.


Ficha Técnica:


Direção: Laís Regina Schmitz e Larissa Niemann Pellicer

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